terça-feira, 25 de abril de 2017

Seminário de Farmácia Hospitalar

    FARMÁCIA HOSPITALAR
´“a farmácia é uma unidade clínica de assistência técnico‑administrativa, dirigida por profissional farmacêutico,integrada funcionalmente e hierarquicamente às atividades hospitalares”
´”seleção de medicamentos, a aquisição e o controle dos medicamentos selecionados e o estabelecimento de um sistema racional de distribuição que assegure que o medicamento prescrito chegue ao paciente na dose correta. Para tal é vital a implantação de um sistema de informações sobre medicamentos que permita otimizar a prescrição”
                                              Conforme as definições do Conselho Federal de Farmácia, a partir da Resolução nº 492 (2008)



JARDEL BORGES DE VARGAS

sábado, 22 de abril de 2017

A partir de maio, o Ministério da Saúde fechará as portas das 393 farmácias próprias em todo Brasil. A decisão do governo ilegítimo de Michel Temer, anunciada no início de abril, tem preocupado às famílias que dependem desses medicamentos fornecidos de forma gratuita ou com até 90% de desconto.
No bairro carioca de Quintino, na zona norte do Rio, a operadora de caixa, Jaqueline Vieira se uniu aos vizinhos para realizar um abaixo-assinado e tentar impedir o fim desse benefício, implementado pelo governo Lula em 2004. “Pedimos a todas as pessoas para assinar e contribuir com essa campanha, mesmo aquelas que não dependem de remédio, porque a gente nunca sabe o dia de amanhã”, afirma Jaqueline. Ela diz ainda que acompanha de perto o drama de quem depende do programa para sobreviver. “Aqui no nosso bairro tem muitas pessoas carentes que não têm condições de comprar remédios caros. Minha vizinha tem uma criança que é deficiente física e depende dos medicamentos que ela retira na Farmácia Popular do governo. E já tem alguns medicamentos que estão em falta em muitos lugares”, explica.
O programa Farmácia Popular funciona de duas formas. Uma delas é quando o governo financia remédios da rede privada de farmácias. O paciente vai com a receita em qualquer farmácia que participa do convênio com o governo federal e recebe um desconto na hora da compra. Nesse caso são 25 remédios na lista do programa.
A outra forma é retirando o medicamento em farmácia própria do programa, que é um estabelecimento público gerenciado diretamente pelo Ministério da Saúde. A diferença é que nessas Farmácias Populares do governo lista soma112 medicamentos. Atualmente, o programa atende cerca de 10 milhões de brasileiro todos os meses, segundo dados do governo federal.
Desse modo, com fim da rede própria do programa Farmácia Popular os pacientes deixarão de receber mais de 100 tipos de remédios. Quem mais sofrerá com o desabastecimento serão as famílias pobres do interior dos estados. “Nas grandes cidades existem mais recursos, onde os governos estaduais e municipais também fornecem alguns dos medicamentos. Mas, no interior é diferente, às vezes a Farmácia Popular é a única opção para conseguir alguns remédios caros de uso contínuo”, explica o médico de família Stephan Sperling, da Rede de Médicos e Médicas Populares.
Governo federal agrava crise no Rio
A Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro denunciou essa semana a “omissão do governo federal” na compra e distribuição de dois medicamentos de alto custo. A falta dos remédios, que deveriam ser enviados pelo Ministério da Saúde, tem obrigado o governo do estado a pagar pelo tratamento de pacientes renais crônicos, que não respondem à terapia convencional. Entre 2011 e 2015 foram gastos R$ 18,7 milhões para atender as 2 mil pessoas cadastradas como dependentes das duas substâncias.
Diante dessa situação e da crise econômica do estado, nove defensores públicos estaduais e federais entraram com uma ação na Justiça pedindo que em 15 dias o Ministério da Saúde repasse doses suficientes para 90 dias de tratamento desses pacientes e mantenha o abastecimento regular do estado.
“Isso demonstra que a judicialização da saúde é, muitas vezes, a única forma de os cidadãos terem acesso aos medicamentos e serviços de que necessitam e terem garantido seu direito à saúde”, explica a coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva da Defensoria do Rio de Janeiro, Thaísa Guerreiro, uma das autoras da ação.
O governo Temer tem até o dia 2 de maio para dar uma resposta oficial à ação judicial, protocolada pela Defensoria Pública do Rio.
Edição: JulianaalGonçalves

Valeria Maciel

terça-feira, 18 de abril de 2017


Farmácia Clínica

  

Segundo ASHP (associação de farmacêuticos clínicos dos Estados Unidos, na sigla em inglês): ‘ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante a aplicação de conhecimentos e funções relacionados ao cuidado dos pacientes, que o uso dos medicamentos seja seguro e apropriado; necessita, portanto, de educação especializada e interpretação de dados, da motivação pelo paciente e de interações multiprofissionais. 

Nesse sentido, a Resolução n°585, de 2013, do Conselho Federal de Farmácia, define a farmácia clínica como área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar e prevenir doenças. Esta prática pode ser desenvolvida em hospitais, ambulatórios, unidades básicas de saúde, farmácias comunitárias, home care, entre outros locais. Sendo assim, a prática da farmácia clínica em hospitais, públicos ou privados, compreende o julgamento e a interpretação na coleta de dados necessários para individualização da farmacoterapia, com ação integrada à equipe de saúde. Pode ser desenvolvida por meio da prestação de serviços farmacêuticos direcionados aos pacientes (provedor do cuidado) e também serviços voltados à equipe de saúde (consultor).  

O farmacêutico clínico é o profissional que participa ativamente na assistência ao paciente e está inserido na equipe multiprofissional.  Para o desenvolvimento da farmácia clínica, é essencial que o farmacêutico possua os seguintes conhecimentos técnicos:

• Farmacologia/Farmacoterapia;

• Farmacotécnica;

• Farmacocinética e Farmacodinâmica;

• Fisiologia;

• Interpretação de Exames Laboratoriais.

Estes pré-requisitos podem contribuir para que o farmacêutico exerça suas atividades com autonomia e baseado em princípios éticos, visando sempre a proteção, promoção e recuperação da saúde, além de prevenir doenças e outros problemas de saúde.

As atribuições clínicas do farmacêutico no Brasil definidas na Resolução do CFF n° 585/2013 têm como objetivo atender às necessidades de saúde do paciente, da família, dos cuidadores e da comunidade. Nesse sentido, o farmacêutico tem a responsabilidade de aplicar conhecimentos que promovam saúde e bem-estar a todos os envolvidos.

E em conformidade com as atribuições, o farmacêutico clínico pode desempenhar as seguintes atividades:


  • Atenção farmacêutica  - orientação ao paciente
                                                - uso racional do medicamento      
  • Consulta  - anamnese
                          - prescrição  
                        
                          - evolução de prontuário
  • Análise de exames laboratoriais

  • Farmacoterapia  -  Cronofarmacologia
                                      - Ajuste da dose


                                      - Adequação de formas


                                       - Conciliação medicamentosa


                                       - Incompatibilidade medicamentosa


                                       - Reação adversa


                                       - Interação medicamentosa   -  farmacodinâmica
                                                                                     
                                                                                        -  farmacocinética

  • Monitoramento de fármacos

  • Farmacovigilância

  • Protocolos clínicos

  • Participação em comissões hospitalares

  • Educação continuada

A clínica é o que move os cuidados farmacêuticos. É a sua essência.”

Fontes:
1. Farmácia Clínica, Cartilha da Comissão de Farmácia clínica <http://portal.crfsp.org.br/index.php/publicações>
2. Pharmacia Brasileira, Atribuições clínicas do farmacêutico 
<http://www.cff.org.br/revista.php>

Juliana Sammario Lelling 


























Drogaria
  • Farmácia - estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica;
  • Drogaria - estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais.

Farmácia sem Manipulação ou Drogaria
 Segundo a OMS (1996), os farmacêuticos comunitários são os profissionais de saúde mais acessíveis à população. Além de assegurar estoques suficientes dos medicamentos apropriados, as atividades profissionais dos farmacêuticos incluem o aconselhamento dos pacientes no ato de dispensar medicamentos com ou sem receita; o fornecimento de informações sobre os medicamentos aos profissionais de saúde, aos pacientes e ao público em geral; participação em programas de promoção de saúde e constante articulação com outros profissionais de atenção primária à saúde.

Você Sabia?

*A primeira farmácia da cidade de São Paulo foi construída em 1796, no atual Vale do Anhangabaú. Nesse período, os medicamentos eram, em sua grande maioria, plantas medicinais.
*No século XVI, os boticários eram cristãos-novos que fugiam da Inquisição ou que tinham sido deportados pelo Tribunal do Santo Ofício.

 *O farmacêutico John Pemberton criou, em 1886, em Atlanta, o “Tônico para o Cérebro”, hoje conhecido como Coca-Cola.

 *Embora não tenha exercido a profissão por muito tempo, o grande poeta e escritor Carlos Drummond de Andrade também era farmacêutico.
 * O farmacêutico paulista Luiz Manuel Queiroz instalou em São Paulo a primeira fábrica de ácido sulfúrico do país.

 * Monteiro Lobato define: “O papel do farmacêutico no mundo é tão nobre quanto vital. O farmacêutico representa o elo entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal com que o médico dá combate às doenças”.

* O símbolo da farmácia teve sua origem na antiguidade, sendo parte das histórias da mitologia grega. Este símbolo ilustra o poder (cobra) e a cura (taça).

 * A borracha sintética foi descoberta pelo farmacêutico alemão Fritz Hoffmann. 

* A primeira Escola de Farmácia do Brasil foi criada na cidade de Ouro Preto (MG), pela Lei Mineira 140, de 4 de abril de 1839, sancionada pelo Conselheiro Bernardo Jacinto da Veiga.


Adeline Fonseca da Silva
Cauane da Silva Melo






terça-feira, 11 de abril de 2017

Distribuição e Transporte

Distribuição e Transporte é uma das áreas de atuação do farmacêutico, onde é fundamental a sua presença durante toda a operação.
Essa é uma área que está em grande expansão, e por isso, em  2001, foi criada a Comissão Acessora de Distribuição e Transporte, onde obteve-se a realização efetiva de apoio técnico, valorização da categoria farmacêutica e efetivação da Assistência Farmacêutica.
o Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou a Resolução n°365, de de 02 de outubro de 2001, que dispõe sobre a assistência técnica farmacêutica em distribuidoras, representantes, importadoras e exportadoras de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. E também a Resolução CFF n°433, de 26 de abril de 2005, que regula a atuação do farmacêutico em empresa de transporte terrestre, aéreo, ferroviário ou fluvial, de produtos farmacêuticos, farmoquímicos e produtos para saúde. A presença do farmacêutico responsável técnico nas empresas que armazenam e transportam medicamentos e insumos farmacêuticos nas áreas de portos, aeroportos, fronteiras e recintos alfandegados foi efetivada a partir de 2002, por meio da RDC Anvisa/MS nº 346/02. Deste modo, o farmacêutico passou a contribuir efetivamente na distribuição de insumos farmacêuticos e produtos acabados, promovendo a garantia da qualidade do medicamento nestes estabelecimentos.
As atividades de armazenagem, distribuição e transporte estão presentes desde a aquisição dos insumos até a venda do produto acabado ao consumidor final. 
A atividade da distribuidora (comércio atacadista) consiste em obter os produtos das indústrias nacionais ou internacionais e distribuir ao comércio (farmácias e drogarias), indústrias (produtores de medicamentos) e prestadores de serviço (hospitais, clínicas).
As atividades armazenadoras, embora não realizem as operações mercantis (compra e venda dos produtos que armazenam), gerenciam estoques de terceiros, podendo ser chamados de Operadores Logísticos, exercendo atividades que compõem a cadeia logística, como receber, armazenar, controlar o estoque, separar pedidos, expedir e, muitas vezes, transportar e remeter produtos conforme solicitação de seus clientes.
As empresas distribuidoras e armazenadoras, mesmo que possuam transporte próprio, não atendem todas as regiões devido ao alto custo da manutenção da frota e da extensão geográfica de nosso país, demandando a contratação de transportadores que supram suas necessidades de coleta/entrega. A contratação do serviço de transporte pelo fabricante ou distribuidor/armazenador deve cumprir com os requisitos técnicos e regulatórios definidos pelo Sistema de Qualificação de Fornecedores, dentro das exigências sanitárias, em que contratante e contratada são responsáveis pela segurança e qualidade dos produtos no momento em que estes passam pelas suas atividades, o que configura responsabilidade solidária, até o seu destino final.
O transporte é etapa fundamental na movimentação de entrada e saída de produtos e está presente em diversos pontos da cadeia de produção de medicamentos, fazendo a ligação das atividades de produção, armazenagem e venda (Figura 1).
A característica mais peculiar do transporte no território nacional é a predominância do modal terrestre sobre outras modalidades de transporte, inclusive no segmento farmacêutico. Porém, vale ressaltar a prática dos modais aéreo e fluvial, associados ou não ao modal terrestre. O transporte pode ser uma atividade terceirizada.
O farmacêutico, como responsável e agente controlador das operações de transporte de produtos sob sua responsabilidade técnica, deve orientar a adequação das estruturas da empresa, visando ao cumprimento da legislação sanitária em vigor e das boas práticas de transporte, assim como a qualificação dos agentes de cargas ou transportadoras locais parceiras. O farmacêutico tem sempre que considerar que as especificações de conservação e segurança dos produtos devem ser seguidas durante todas as etapas de transporte, desde a coleta/recebimento até a entrega ao destinatário final.
Devido à amplitude da atividade de transportar, a variedade de produtos transportados e os riscos envolvidos, é necessário um profissional devidamente habilitado, com conhecimento técnico, ética e responsabilidade na condução de suas atividades. Além disso, o profissional pode atuar na área regulatória e participar das adequações das estruturas física, operacional e de informação das empresas. É atividade privativa do farmacêutico a atuação em diversas das etapas componentes desse sistema integrado que abrange desde a aquisição de insumos até a dispensação do medicamento ao usuário final. 
1. O Perfil Profissional:
“The role of the pharmacist in the health care system” (“O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde”) – documento criado pela Organização Mundial da Saúde, em 1977.
Farmacêutico “sete estrelas”:
  • Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde;
  • Capaz de tomar decisões;
  • Comunicador;
  • Líder;
  • Gerente;
  • Atualizado permanentemente;
  • Educador.
2. Atribuições:
As atribuições do farmacêutico em distribuidoras e transportadoras estão definidas pelo Decreto nº 85.878/1981 do CRF-SP, pelas Resoluções do Conselho Federal de Farmácia e pela Deliberação nº 295/2012 do CRF-SP;
  • Na importação: além das atividades diretamente relacionadas à cadeia logística do medicamento, o farmacêutico desenvolve funções na regularização da empresa e dos produtos junto aos órgãos competentes, na nacionalização dos produtos e na supervisão da distribuição e armazenagem em concordância com as boas práticas de armazenamento e distribuição.
  • Nas transportadoras: o profissional deve adequar a empresa segundo as normas sanitárias e efetuar controle efetivo nas atividades de transporte, para que a segurança e a qualidade do produto sejam mantidas.
  • Nos recintos alfandegados da área portuária: objetivo principal é garantir a qualidade dos produtos que são fiscalizados pela vigilância sanitária; 
- O farmacêutico orienta e treina funcionários para o cumprimento das Boas Práticas de Armazenagem e Transporte, pois lidam com Cargas sensíveis e complexas, como produtos termossensíveis e medicamentos controlados pela Portaria SVS/MS nº 344/98 (e suas atualizações);
    - O farmacêutico tem o dever de cumprir e fazer cumprir a legislação sanitária e profissional sobre as atividades realizadas pelos referidos estabelecimentos;
      - A documentação perante a Vigilância Sanitária, Anvisa, Conselho Regional de Farmácia e demais órgãos envolvidos é responsabilidade do farmacêutico.
        3. Boas Práticas
        A atribuição do farmacêutico nas atividades de armazenagem, distribuição e transporte é garantir que o produto mantenha todas as suas características, assegurando a qualidade e eficácia em seu uso.
        O farmacêutico deverá garantir que os Processos Operacionais que as atividades abrangem estejam dentro das normas de qualidade e das Boas Práticas de Fabricação previstas em legislação.
        O treinamento e educação continuada dos funcionários da empresa são fundamentais para que o farmacêutico possa multiplicar seus conhecimentos, de modo a capacitar os envolvidos para cumprirem suas atribuições de forma aprimorada. Desta forma, o farmacêutico propicia as condições necessárias ao desenvolvimento de suas atividades de acordo com o Código de Ética da Profissão Farmacêutica.
        Uma das principais recomendações quanto aos cuidados na armazenagem e manuseio dos produtos farmacêuticos é seguir as especificações do fabricante para sua conservação, pois estas são baseadas em estudos de estabilidade do fármaco e suas alterações físicas, químicas e microbiológicas quando exposto a determinadas condições.
        Para as importadoras e distribuidoras que utilizam serviços terceirizados (transporte, controle de pragas, calibração de equipamentos, limpeza, validação de sistemas, etc.) também se faz essencial o desenvolvimento de um programa de qualificação de fornecedores.
        Após estas observâncias, cada membro das etapas de distribuição deverá definir procedimentos e documentos de instrução os quais devem ser publicados internamente, juntamente com o Manual de Boas Práticas, seguidos de programas de treinamentos específicos.
        Na verificação da capacidade legal da empresa, o Manual de Boas Práticas é um documento obrigatório a se disponibilizar aos órgãos sanitários, que deve conter: a política de qualidade da empresa, organograma organizacional, área de abrangência, estrutura física e de segurança, gestão de pessoas e também o fluxo operacional por onde passam os produtos farmacêuticos.
        A observância destes procedimentos deve ser controlada por meio de auto-inspeções periódicas, de modo a detectar e registrar as não conformidades e desvios de qualidade que possam ocorrer durante o processo. Também devem ser nomeados responsáveis pelo monitoramento das ações corretivas e preventivas e delimitados prazos para seu cumprimento, seguindo as exigências da legislação vigente.
        Para facilitar o entendimento, descrevemos abaixo alguns itens importantes e exigidos pela legislação, utilizados na execução e na rotina da atividade de distribuição e logística:
        • Produtos Sensíveis: Alterações de temperatura e umidade. Ex.: soluções, emulsões, pomadas, géis, cremes, cápsulas orais gelatinosas, vacinas e insulinas (conservar de 2 à 8ºC) e hemoderivados (congelar);
        • Recebimento e conferência de produtos: no recebimento deve ser feita a conferência das características físicas das embalagens, código de barras, lacre de segurança, lote, validade, equidade entre os documentos de manifesto de carga, conhecimento de transporte e a nota fiscal;
        • Compatibilidade de cargas e carregamento: considerar o empilhamento máximo de caixas, respeitando o espaço físico entre elas e os equipamentos de acondicionamento, verificando também a compatibilidade de cargas;
        • Segurança do Produto: Os medicamentos sob controle especial (Portaria SVS/MS nº 344/98 e suas atualizações) devem permanecer em área trancada, com acesso restrito. As empresas só podem armazenar e transportar produtos controlados a partir do momento em que adquirirem a concessão de Autorização Especial (AE);
        • Sanitização de veículos: é um conjunto de procedimentos que visam à manutenção das condições de higiene, incluindo limpeza e desintetização. É obrigatório que a empresa de dedetização possua Licença/Alvará Sanitário e Certificado de Regularidade Técnica, e os produtos utilizados possuam registro no Ministério da Saúde;
        • Comunicação/Notificação à autoridade sanitária: para casos de fraude, adulteração, ou outras irregularidades que comprometam a segurança e eficácia dos produtos para a saúde; 
        • Acompanhamento das ocorrências operacionais: devolução de produtos suspeitos de adulteração, fraude e falsificação, para produtos recolhidos do mercado, procedimentos de descarte para os produtos avariados e vencidos.

        Acadêmicas: Ana Claudia Pereira e Tayná Veleda
        Seminário 03 - Apresentado em 10/04/17.



        Análises Clínicas e Toxicológicas

            As análises clínicas representam, depois da farmácia comunitária e da drogaria, a maior área de atividade farmacêutica. A formação profissional do farmacêutico-bioquímico é a que melhor qualifica o profissional para o exercício do laboratório de analises clinicas.
        É o ramo de conhecimento que trabalha com o estudo de alguma substância, de forma a coletar dados e apontar diagnósticos a respeito da saúde do paciente.
        Essas análises ocorrem a partir de um exame feito a pedido de um médico e são entregues em laboratórios próprios para realização desses exames.
        A resolução abaixo, do Conselho Federal de Farmácia achamos interessante pelo fato de explicar um pouco a posição do farmacêutico na área:
        “O farmacêutico é competente para realizar todos os exames laboratoriais e exercer a responsabilidade técnica pelos laboratórios de análises da clínica médico-veterinária."

        O papel do farmacêutico nessa área
        Realizar análises de materiais biológicos como fezes, sangue e urina para diagnosticar doenças, a fim de conhecer quais foram os agentes causadores delas.
        Orientar o paciente na interpretação dos exames, realizar pesquisas e extensões na área de análises clínicas e toxicológicas.
        Além da atuação na realização do exame, o farmacêutico ainda pode sugerir algum remédio, dependendo do resultado.
        Gerenciar laboratórios, podendo ele mesmo abrir o seu próprio laboratório e assumindo o cargo de Responsável Técnico.

             Para ele assumir esse papel ele deve possuir alguns requisitos como:
        O farmacêutico precisa ter clareza do seu papel como gestor. 
        Comprometimento, excelência na qualidade do serviço, novas metodologias e tecnologias, treinamento da equipe sempre atualizado em todas as fases do processo, desde a coleta do material até a entrega do resultado, conhecer os interferentes analíticos.

            Outro fator que devemos saber que é muito importante é a variação biológica que é uma “variação natural” e é decorrente de mecanismos fisiológicos próprios do indivíduo, independente de variáveis pré-analíticas.
        O funcionamento hormonal de cada indivíduo pode alterar o resultado dos exames, por isso temos alguns aspectos de variação biológica.
        O laboratório de análises clínicas tem a responsabilidade por auxiliar o médico na detecção de patologias e condições fisiológicas através de exames em materiais biológicos.

        Segundo a Agência de Vigilância Sanitária, para montar um laboratório, devem constar os espaços obrigatórios em sua planta de divisão do projeto, que são eles:
                 Sala para coleta de material, área para classificação e distribuição de amostras, sala de preparo de reagente.
        Achamos interessante colocar essa citação do ‘Santos’, que lemos na cartilha do Conselho que fala sobre a utilidade dos exames laboratoriais:
        “Os exames laboratoriais têm como utilidade fornecer informações que possibilitem diagnosticar, avaliar o prognóstico, determinar as concentrações tóxicas e terapêuticas dos fármacos, avaliar as concentrações de drogas e de substâncias, além de monitorar a efetividade farmacoterapêutica (SANTOS 2016).”
               Ou seja, são de extrema importância para a realização da atenção farmacêutica adequada.

        Os Exames Laboratoriais são divididos em três fases:
        A primeira fase é a Pré-Analítica que começa com o pedido do exame, a preparação do paciente o qual envolve diversos processos de difíceis controles e precisamos que o paciente faça o preparo corretamente. Essa fase envolve também o processo de coleta do material, o transporte do mesmo e a preparação.
        A segunda fase é a Analítica: que envolve a análise do material coletado e o fluxo desses dados, ela exige muito controle de qualidade para que se obtenha um resultado exato.
        A última fase é a Pós-analítica que envolve a Interpretação Médica de acordo com os resultados, o Diagnóstico e a tomada de decisão para o melhor tratamento.


        Exames Laboratoriais Bioquímicos​

        Tem a finalidade de diagnosticar doenças como diabetes, dislipidemias e insuficiência renal, entre outras, e também para acompanhamento de tratamentos. ​ Exemplo: Glicemia, Colesterol, Triglicérides, Ureia, Creatinina, Sódio, Potássio, Ácido Úrico, Cálcio, Fósforo, enzimas cardíacas, enzimas hepáticas, entre outros.

        Biologia Molecular​

        É através de metodologias moleculares para detectar ou quantificar o material genético de vírus, bactérias, parasitas, fungos, ou diagnosticar doenças hereditárias pela presença de mutações e polimorfismos. ​
        Na oncologia, destaca-se a identificação de genes responsáveis pela carcinógenos (oncogênese); ​
        Virologia, a identificação e determinação de estirpes virais mutantes e, consequentemente, resistentes à farmacoterapia, como por exemplo o Vírus H1N1 que se tornou resistente após evoluir a outro meio ambiente.  

        Hematologia​

                 Avaliam o estado normal e as doenças que afetam de alguma maneira o sangue. É o nome do exame de sangue utilizado para avaliar as células sanguíneas​ são leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos), plaquetas​.

        Imunologia​

        São realizados diferentes exames laboratoriais com a finalidade de diagnosticar e acompanhar pacientes com diversas doenças.
        HIV, Hepatites A, B e C, Rubéola, Toxoplasmose, Sífilis, Doenças Autoimunes​.

        Microbiologia​

        É responsável pela detecção de fungos e bactérias nas fezes, urina, sangue e em outros fluídos orgânicos. ​

        Parasitologia​
        O profissional deve ter conhecimentos dos diversos métodos que permitem a avaliação e diagnóstico das várias formas de parasitas que se encontram nas amostras biológicas. ​
        A coleta e a conservação do material biológico são fundamentais na detecção e identificação dos parasitas. ​

        Existem dois grupos de parasitos intestinais: ​
        Protozoários; ​
        Amebas, Flagelados, Coccidios (+comuns). ​
        Entamoeba gingivalis, Entamoeba hartmanni, Entamoeba coli, Entamoeba polecki, Endolimax nana, Iodamoeba bütschlii, Entamoeba dispar, Entamoeba moshkovskii, Trichomonas hominis,Chilomastix mesnili (não precisam de tratamento).​
        Helmintos;
        Nematoides: Ascaris lumbricoides, Ancilostomídeos, Enterobius vermicularis, Strongyloides stercolaris, Trichuris trichiura.​
        Trematódeos: Schistosoma mansoni. ​
        Cestódeos: Taenia sp, Hymenolepis diminuta, Hymenolepis nana.​
        Toxicologia​
                    O profissional é capaz de reconhecer o risco químico decorrente da exposição, intencional ou não, aos agentes tóxicos que podem também ter sido usados pelo homem, nos aspectos social, individual ou legal.

        As análises toxicológicas podem ser aplicadas em diversas situações quando inseridas em um Programa Corporativo:
        Sorteio aleatório: Realizado entre todos os empregados; ​
        Pré-admissão: Todos os candidatos em processo de contratação; ​
        Acompanhamento: Durante o tratamento de acordo com a orientação do terapeuta; ​
        Pós-tratamento: Para os empregados que estiverem em acompanhamento médico-social; ​
        Motivado: Por indicação da Equipe Gestora do Programa; ​
        Pré-funcional: No caso de promoção funcional; ​
        Pós-acidente. Analise de teor alcoólico.

        Exemplos Substâncias químicas que produzem alterações nos sentidos: ​
        Depressivas: bebidas alcóolicas, barbitúricos, diluentes, lança perfume, ópio, clorofórmio, morfina, heroína, inalantes (como a cola de sapateiro), etc... Alucinógenas: cogumelos, maconha, haxixe, LSD, ecstasy, DMT, entre outras. ​Estimulantes: cocaína e o crack, cafeína, metanfetamina, anfetaminas. ​

        Técnicas de exames toxicológicos​
                 Exame toxicológico instantâneo e exame toxicológico laboratorial​.

        Exame Toxicológico: utilidade e importância​
        No esporte, no meio profissional ou no tratamento de dependentes químicos e pesquisas, o exame toxicológico ganhou seu espaço, hoje consiste também em meios para a polícia de reconhecer usuários e desvendar alguns crimes. ​
        Sua importância está no ato de reconhecer e auxiliar em respostas necessárias para o tratamento e preservação da vida de usuários, como também, no reconhecimento de pistas investigativas do meio policial. Quanto a lei instituída pelo Código Brasileiro de Trânsito, citada anteriormente, sua importância é válida no reconhecimento da queda nos índices de acidentes de trânsito provenientes do consumo indevido do álcool por motoristas. ​

        O teste de detecção de drogas só pode ser realizado mediante autorização do indivíduo por escrito ou no caso de urgências clínicas. ​

        Ilustrações:


                Dientamoeba fragilis

        Ascaris lumbricoides 

        Giárdia lamblia 

         Dientamoeba fragilis


        Entomoeba histolytica 
         Taenia



        Acadêmicas: Silviane Gonçalves Ribeiro e Camila Dutra

        Seminário apresentado dia 10/04/2017 as 20:45.
        Introdução Farmacêutica
        Professora Dra Márcia Garcez

        segunda-feira, 3 de abril de 2017

        17 perguntas para você encontrar sua motivação na profissão farmacêutica                                   


        O farmacêutico, palestrante e professor, Pedro Dias, diz que o motivo que faz o farmacêutico se levantar da cama está ligado a seus valores, e estes estão relacionados com a motivação. “Em meu ponto de vista, a motivação é a mola propulsora de todos nós. Quando o indivíduo está motivado, está engajado, está com suas expectativas alinhadas e tem visão do que quer ser ou o que deve ter, ele sabe onde está e onde quer chegar. Esse conjunto de fatores, minimiza seus riscos”, fala Dias, que complementa sugerindo uma reflexão: Mas, qual risco? O risco da frustração, quando aquele determinado resultado não aconteceu no tempo em que estava previsto. E como proceder ao deparar com essa situação? Reflita: o que você fez de errado que poderia ter feito diferente? Baseado em experiências de sucesso que você já teve, o que poderia fazer igual para continuar tendo sucesso nos seus novos planos?
        Conheça o TOP 5 da motivação, sugerido pelos entrevistados:
        Descubra sua missão através das 17 perguntas para você encontrar sua motivação na profissão farmacêutica:                                 

        1 - Que tipo de vida você quer levar?
         
        2 - O que é mais importante para você?
         
        3 - Quem você quer ser?
         
        4 - Qual sua missão de vida?
         
        5 - O que você quer ser daqui a cinco anos?
         
        6 - Como você estará daqui a cinco anos?
         
        7 - O que você gostaria que as pessoas pensassem de você?
         
        8 - Quais perguntas você deve fazer a si mesmo para encontrar sua missão pessoal?
         
        9 - Por que você acorda a cada manhã?
         
        10 - O que realmente faz sentido para sua vida?
         
        11 - Você acorda disposto para trabalhar e ter sucesso?
         
        12 - Você está trabalhando para que? Para ganhar dinheiro?  Para comprar tudo o que você quer? Para dar conforto a sua família? Viajar? Para usufruir plenamente a vida?
         
        13 - O que você quer ouvir no final de sua vida?
         
        14 - Qual legado deixará para as próximas gerações?
         
        15 - Construirá uma vida digna de nota?
         
        16 - Você terá uma vida significativa, agregando valor para você e para os que conviverem com você?
         
        17 - Terá você seguido sua missão? Vivido intensamente sua vida?

        Fonte: http://www.ictq.com.br/guia-de-carreiras/634-17-perguntas-para-voce-encontrar-sua-motivacao-na-profissao-farmaceutica

        Jéssica Maron Machado

        Depressão: o melhor é tomar remédio ou fazer terapia?

        Você sabia que não existe só uma versão de depressão? "Assim como ocorre com diferentes tipos de câncer, diferentes quadros de depressão demandam tratamentos específicos”, informou Helen Mayberg, professora de Psiquiatria, Neurologia e Radiologia da Universidade Emory, nos Estados Unidos. Ou seja, enquanto algumas pessoas vão se dar melhor com remédios, outras têm mais benefícios com a terapia cognitivo comportamental. 
        Mas como saber o que é melhor para cada indivíduo? Com essa pergunta em mente, pesquisadores liderados por Helen decidiram investigar se padrões de atividade cerebral podem auxiliar na decisão do médico. Para a experiência, eles recrutaram 344 voluntários. Logo de cara, todos os participantes fizeram uma ressonância magnética da massa cinzenta. A ideia dos cientistas era usar esses dados para confirmar, mais tarde, se o estado inicial do cérebro influenciaria na eficácia dos dois tratamentos – com remédio e à base de terapia.
        Depois de 12 semanas, os experts viram que sim. Isto é: o grau de conectividade entre três partes do cérebro e uma importante região que processa emoções interferiu no resultado do tratamento. Para sermos mais exatos, quando a conexão entre essas áreas era considerada positiva, os pacientes tinham mais chance de ver a remissão da doença com a ajuda da terapia cognitivo comportamental. Por outro lado, as pessoas identificadas com uma conexão negativa (ou inexistente), apresentaram maior probabilidade de vencer a depressão usando remédios.
        É uma ótima notícia. De acordo com Helen, ultimamente seus estudos mostram que certas características, como idade, sexo e até a preferência do paciente em relação ao tipo de intervenção não são tão boas para prever o sucesso do tratamento quanto às análises do cérebro.

        Roseana Dietrich da Silva.

        Pílula anticoncepcional tem relação com trombose?


        O que é a trombose venosa? De acordo com a SBACV, é uma doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias em um local ou momento não adequados -- não adequado porque a coagulação é um mecanismo de defesa do organismo. As veias mais comumente atingidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Os sintomas mais comuns são inchaço e dor. O angiologista Ivanésio Merlo diz que, para ocorrer trombose venosa, é preciso que ocorra uma das três situações: trauma vascular, estase venosa (má circulação) ou alteração do poder de coagulação sanguínea. Se eu tomar pílula, é verdade que terei mais risco de ter trombose? Sim. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mulheres que usam anticoncepcionais contendo drospirenona, gestodeno ou desogestrel (caso das pílulas) têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso, em um ano, do que as mulheres que não usam contraceptivos hormonais combinados. De qualquer forma, segundo os médicos especialistas, se não há outros fatores de influência, o risco ainda assim é pequeno. “Os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno”, informou a Anvisa. Mesmo com a pequena chance, a possibilidade de efeitos colaterais é o principal argumento dos médicos para que as mulheres não escolham a pílula por conta própria. Antes de receitar o anticoncepcional ideal, o ginecologista deverá fazer um questionário para ver se a paciente tem alguns dos fatores que podem desencadear problemas pelo uso da pílula e aumentar a probabilidade de ter uma trombose, entre outras doenças. Ainda segundo a Anvisa, “antes do início do uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher, seu histórico familiar e um exame físico incluindo determinação da pressão arterial. Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau, devem ser conduzidos”. Esses procedimentos devem ser feitos uma vez por ano. O ginecologista José Alcione Macedo Almeida diz que é importante também perguntar se a paciente toma qualquer outro medicamento que possa interagir com os hormônios da pílula. “Pacientes que tomam anticoagulantes exatamente pra evitar a trombose, é lógico, a gente evita [a pílula]”, disse. Quem deve evitar tomar a pílula? Fumantes, mulheres com histórico de trombose na família, pacientes com enxaqueca frequente, obesas, diabéticas, entre outros fatores. Mulheres sedentárias também podem apresentar algum efeito colateral, assim como aquelas pacientes que têm dores de cabeça com pequenos lampejos (cefaleia precedida de aura) -- quando a mulher vê “estrelinhas, raios de luz”. Os médicos apontam que aquelas que têm mais de 35 anos e são fumantes estão proibidas de usar pílula. Almeida explicou que “estatisticamente é muito pequena a taxa de pacientes muitos jovens que têm qualquer fenômeno trombótico sem nenhum antecedente”. Ele alerta, no entanto, que o cigarro é o fator que para as meninas mais jovens é o mais problemático. “Você pode pegar uma paciente de 20 anos. Ela não tem nenhuma história agravante de risco, mas ela sendo fumante já dobra o risco de ter um fenômeno de trombose”, disse Almeida. Quais são os efeitos colaterais confirmados pelos médicos? Os médicos alertam que nem todas as mulheres que consomem a pílula terão esses efeitos colaterais. Há, no entanto, a chance de desenvolver trombose, dor de cabeça, enxaqueca, maior retenção de líquido, ganho de peso. Sobre a diminuição da libido, o ginecologista César Eduardo Fernandes diz que é preciso analisar caso a caso, já que muitas vezes há outras questões que podem ocorrer na vida da mulher que tiram a vontade de fazer sexo. Há algum efeito colateral positivo pelo consumo da pílula? Sim. O remédio pode reduzir o risco de câncer de mama e de ovário. Há, no geral, uma redução da acne nas mulheres. O medicamento pode reduzir as cólicas menstruais e a tensão pré-menstrual. O ciclo menstrual fica mais regular. “Qual é a melhor pílula para se tomar? Não tem a melhor pílula, todas elas têm progesterona e/ou estrogênio. Dificilmente o médico recomenda alguma coisa que pode resolver outra doença e não haja um efeito colateral, mesmo que pequeno”, explica Merlo. Há algum exame que comprove que a minha trombose foi causada pela pílula? Não. Os especialistas apontam a pílula como causadora da trombose após fazer uma exclusão de outros fatores. Se a paciente fuma muitos cigarros por dia, por exemplo, é um fator que também aumenta as chances da trombose -- unido ao uso da pílula, pior ainda. De qualquer forma, quanto mais fatores de risco para a trombose a paciente tiver, maior será a chance de desenvolver a doença. O uso da pílula é apenas um deles.

         FONTE:http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/08/pilula-anticoncepcional-tem-relacao-com-trombose-veja-mais-perguntas.html">

         Jéssica Neves