Desvios levam governo federal a mudar regras da Farmácia Popular
O governo mudou as regras para liberar os remédios na Farmácia Popular depois de descobrir fraudes milionárias, das 480 farmácias fiscalizadas, apenas uma não tinha irregularidade. Até quem já morreu recebia remédio. Todas foram descredenciadas. Só no ano passado, o prejuízo chegou a R$ 60 milhões.
Agora existe os "pacientes fantasmas", gente que já morreu comprando remédio na Farmácia Popular, o CPF do falecido estava nas mãos de alguém que saía com remédio sem ter direito. Agora, no ato da compra, o número do CPF vai ser cruzado com bancos de dados do governo. Se for de um morto, dá para ver na hora e a venda vai para o beleléu. Essa vinha sendo a fraude mais comum.
Nas outras 479 fiscalizadas, os auditores encontraram situações estranhas como, por exemplo, casos de adolescentes com indicação de remédio para hipertensão, uma doença que é muito rara para quem tem menos de 20 anos. Por isso tem outras mudanças: remédio para hipertensão na Farmácia Popular é para quem tem mais de 20 anos. Para colesterol, o paciente tem que ter pelo menos 35 anos. Osteoporose, idade mínima passa a ser 40 anos e, para doença de Parkinson, quem levar o remédio tem que provar que tem mais de 50 anos.
O Ministério da Saúde disse que quem usa as farmácias populares e está fora da idade estabelecida deve entrar em contato com a ouvidoria no telefone 136 ou pela internet e comprovar, com relatórios médicos, que realmente tem a doença. Só assim vai continuar tendo direito aos remédios mais baratos ou de graça.
Lara Manoele de Abreu Garcia
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